Parto normal é caracterizado por um processo de expulsão dos fetos sem complicações significativas, já o parto distócico é uma condição obstétrica caracterizada pela dificuldade ou falha na progressão do trabalho de parto. A distocia afeta frequentemente cadelas, com uma incidência que varia de 5% a 100%, dependendo da raça. As distocias podem ser de causa materna ou fetal, sendo as primeiras observadas em todas as espécies domésticas. Entre as distocias maternas mais comuns em cadelas, destacam-se a inércia uterina primária completa ou incompleta, a inércia uterina secundária e o estreitamento do canal do parto com dilatação insuficiente da via fetal. Além das causas maternas, os fatores fetais desempenham um papel crucial na ocorrência de distocia em cadelas, destacando-se o tamanho materno/fetal desproporcional e os problemas de posição ou atitude fetal. Este estudo discorre sobre o parto distócico em cadelas, distinguindo-o do parto normal, mediante uma explanação acerca da constituição e funcionamento do sistema reprodutor feminino. Serão elucidadas suas estruturas anatômicas e fisiológicas, bem como suas principais atribuições. Adicionalmente, será abordada a temática da gestação, enfatizando os cuidados pré-natais necessários e os exames mais eficazes para o acompanhamento deste processo. Serão delineadas as diferenças entre o parto normal e o parto distócico, incluindo suas causas subjacentes e as complicações decorrentes deste último, estabelecendo os métodos diagnósticos, abordagens terapêuticas cabíveis e seus respectivos riscos, tanto para os fetos quanto para a progenitora. O presente estudo será apresentado como Revisão de Literatura, para elaboração deste trabalho serão usados dados científicos disponibilizados através de livros, artigos científicos em repositório como Scielo, Google acadêmico, que vão enfatizar todos os aspectos sobre o assunto. Ao longo deste estudo evidenciamos que cadelas que vivem em ambientes urbanos tem mais problemas durante o parto devido ao excesso de artificialização que impede que este animal desenvolva seus instintos naturais, sendo necessário que haja intervenção humana. Como vimos, mesmo sendo diagnosticado corretamente, o parto distócico pode gerar complicações levando à morte da mãe e dos filhotes. Uma boa alimentação, ambiente apropriado e livre de riscos de doenças, vermifugação e vacinas no momento certo são cruciais para manter mãe e filhotes saudáveis. É importante que seja feito acompanhamento pré-natal pelo médico veterinário para dar mais segurança na hora de resolver possíveis complicações.