Introdução: A ligação entre saúde, exercício físico, qualidade de envelhecimento tem sido
ponto principal de muitos estudos, visto que a população está cada vez mais envelhecida. A
institucionalização é na maior parte dos casos, a solução social nestas situações. Ao longo dos
últimos anos têm sido desenvolvidos e implementados, nesta população, programas de
maximização da funcionalidade com efeitos benéficos comprovados. Objetivo: Evidenciar os
efeitos de um treino multicomponente, na saúde de idosos institucionalizados. Materiais e
método: Trata-se de pesquisa exploratória, com base em uma revisão bibliográfica, cuja revisão
de literatura adotou 6 etapas: (1) identificação do tema, (2) critérios para inclusão e exclusão de
estudos, (3) coleta em plataforma de dados, (4) avaliação e triagem dos estudos, (5)
interpretação dos resultados e (6) apresentação dos dados. Resultados: Esta revisão incluiu 9
estudos, com dados de 327 pessoas com média de idade de 79,66 anos, de ambos os sexos,
porém com predominância do sexo feminino. Foram realizadas em média 2 a 5 sessões de treino
multicomponente por semana, por aproximadamente 4 a 35 semanas por estudo. Dentre os 9
estudos selecionados, a intervenção fisioterapêutica utilizada incluiu exercícios aeróbios,
resistidos, de flexibilidade, de coordenação motora, de equilíbrio e de agilidade. Conclusão:
Concluiu-se, neste estudo, que a fisioterapia em idosos institucionalizados, de maneira geral, se
mostrou imprescindível, para manutenção da qualidade de vida e aspectos psicossociais e
emocionais, com desfechos significativos na autonomia, capacidade funcional, melhoras
cardiorrespiratórias, prevenção de quedas, aquisição de força e desempenho motor, funções
cognitivas, além de reversão da fragilidade. Desse modo, há relevância da inserção de um programa fisioterapêutico baseado no treino multicomponente nas variadas atividades voltadas
ao bem-estar de idosos em Instituições de Longa Permanência.