A presente pesquisa tem por objetivo geral apresentar como estão estruturadas as Políticas Públicas, no âmbito da saúde, direcionadas para a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) da cidade do Recife-PE. Os objetivos específicos consistem em: compreender como se estrutura a LGBTfobia no Brasil; apresentar a Política Nacional de Saúde Integral da população LGBT brasileira analisando a sua estrutura e seus desdobramentos refletidos na cidade do Recife-PE e analisar a conjuntura das Políticas Sociais e os impactos do neoliberalismo no tocante das Políticas Públicas. Haja vista que o Brasil seguiu liderando globalmente os índices de mortes pelo 14ª ano consecutivo (Lucca, 2023) e houve um aumento de 88,4%, em 2021, nas denúncias realizadas ao Disk Direitos Humanos contra as violações sofridas pela população LGBT, sobretudo nos espaços do serviço de saúde (Sousa et. al. 2023). O método utilizado nesta pesquisa permeia o materialismo-histórico-dialético marxista, muito embora haja diálogo com autores de outras correntes teóricas permitindo um diálogo amplo. A metodologia dar-se-á através da pesquisa qualitativa e quanto a sua natureza, permeia a pesquisa básica. Como procedimento, foi realizado a pesquisa bibliográfica e documental a qual se expressou através da consulta dos portais governamentais para a análise das leis, decretos, planos e programas que envolvam as Políticas Públicas no âmbito da saúde que, direta ou indiretamente, influenciam na qualidade de vida da população LGBT. Neste sentido, pretende-se responder o seguinte problema de pesquisa: como estão estruturadas as Políticas Públicas, no âmbito da saúde, para a população LGBT na cidade do Recife-PE? Contudo, pode-se perceber que, apesar da desterritorialização e da sobrecarga dos serviços disponíveis, o Recife segue os diálogos promovidos no âmbito nacional no que concerne a cidadania de pessoas LGBTQIA+, sendo Pernambuco, um dos estados pioneiros em sua implementação. Por sua vez, há grande influência do neoliberalismo e do neoconservadorismo nos desmontes sistemáticos das Políticas Sociais, sobretudo as direcionadas a população LGBT. A LGBTfobia demonstra-se estrutural e advinda das camadas ultraconservadoras interseccionando gênero, raça, classe e sexualidades.