INTRODUÇÃO: A sarcopenia é uma condição multifatorial caracterizada pela perda progressiva de massa e força muscular, acompanhada de alterações endócrinas que comprometem a funcionalidade do idoso. Os biomarcadores relacionados a esses processos são fundamentais para compreender a fisiopatologia da sarcopenia. Nesse contexto, o treinamento resistido é uma intervenção recomendada para diminuir o declínio musculoesquelético, podendo promover adaptações por meio de biomarcadores séricos. OBJETIVO: Analisar os efeitos do treinamento resistido sobre os biomarcadores associados à sarcopenia em idosos. MATERIAL E MÉTODO: Esta revisão sistemática foi conduzida conforme as diretrizes PRISMA 2020. As buscas foram realizadas nas bases PubMed, Periódicos Capes e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre março e novembro de 2025. Foram incluídos ensaios clínicos com idosos sarcopênicos, que investigaram os efeitos do treinamento resistido sobre biomarcadores. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada por meio da Escala PEDro. RESULTADOS: Das 113 publicações identificadas, quatro ensaios clínicos preencheram os critérios de elegibilidade. Os estudos investigaram biomarcadores como IGF-1, GH, folistatina, miostatina, IL-6, PCR e TNF-α. DISCUSSÃO: Observou-se que hormônios anabólicos, como GH, e reguladores positivos do crescimento muscular, como a folistatina, apresentaram maior sensibilidade ao treinamento resistido. No entanto, biomarcadores inflamatórios e catabólicoss, incluindo PCR, IL-6, TNF-α e miostatina, permaneceram inalterados na maioria das intervenções analisadas. CONCLUSÃO: O treinamento resistido demonstra potencial na modulação dos biomarcadores relacionados ao anabolismo muscular em idosos sarcopênicos, especialmente GH e folistatina. Contudo, a literatura ainda apresenta resultados variados, reforçando a necessidade de estudos mais consistentes, para esclarecer melhor os mecanismos fisiológicos envolvidos.