Este Trabalho de Conclusão de Curso consiste em uma revisão narrativa de literatura com caráter descritivo e exploratório, tendo como tema a espinha bífida em cães. Trata-se de uma malformação congênita decorrente de falhas no fechamento do tubo neural durante o desenvolvimento embrionário, podendo resultar em diferentes graus de comprometimento neurológico e funcional.
O estudo aborda os principais aspectos relacionados à doença, incluindo conceitos anatômicos e embriológicos, etiologia, fatores predisponentes, manifestações clínicas, métodos diagnósticos e opções terapêuticas disponíveis na medicina veterinária. A literatura evidencia que a espinha bífida pode se apresentar de forma variável, desde casos assintomáticos até quadros graves associados a mielocele, meningomielocele, incontinência urinária e fecal, alterações locomotoras e dor.
O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica e neurológica, sendo complementado por exames de imagem, como radiografia e, principalmente, tomografia computadorizada e ressonância magnética, que permitem melhor caracterização das alterações vertebrais e medulares. O tratamento depende da gravidade do quadro e pode envolver manejo clínico, fisioterapia, cuidados de suporte e, em casos selecionados, intervenção cirúrgica.
Conclui-se que, embora considerada uma condição relativamente rara, a espinha bífida em cães possui grande relevância clínica, exigindo diagnóstico precoce e abordagem individualizada. A ampliação do conhecimento sobre a doença contribui para melhor condução dos casos, prognóstico mais adequado e aprimoramento da prática clínica veterinária.