O presente trabalho analisa a intersecção entre as normativas institucionais e a construção de narrativas midiáticas sobre a participação de pessoas transgênero no esporte de alto rendimento. O objetivo central é analisar a interseção das políticas do Comitê Olímpico Internacional (COI) — dos consensos de 2003 e 2015 ao Framework de 2021 — e de que maneira essas diretrizes são representadas na cobertura da mídia esportiva brasileira. A metodologia adotada foi qualitativa, de cunho documental e bibliográfico, utilizando a Análise de Conteúdo Temática para examinar os documentos oficiais do COI e um corpus de reportagens de portais de grande circulação nacional (Globo Esporte, UOL e Estadão) entre 2017 e 2024. Os resultados apontam que, enquanto o COI transicionou de um paradigma biomédico e patologizante para uma abordagem centrada em direitos humanos e na não-presunção de vantagem, a mídia brasileira apresenta um "conflito discursivo". Identificou-se a predominância de enquadramentos (frames) de "Controvérsia", "Ameaça Biológica" e "Superação Individual", que frequentemente ancoram o debate na regra obsoleta da testosterona e no pânico moral. Gerando um descompasso significativo entre a evolução da política esportiva internacional e sua tradução pública, o que reforça estigmas e compromete a legitimação social da presença de atletas trans no esporte.
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Tipo De Obra: Artigo Científico
Classificação Temática: EDUCAÇÃO FÍSICA
Ano: 2025
Cutter: L979e
Publicação: 23-12-2025
Nº Páginas: 24
Autores:
TALYSON BRUNO DA SILVA LUZ (---)

Orientadores: 
Esp. RODOLFO HECKMANN DE FRANCA CLEMENTE E RODRIGUES DE OLIVEIRA (Lattes)

Palavras-Chave: 
  • Análise de Conteúdo
  • Atletas Transgênero
  • Comitê Olímpico Internacional 
  • mídia esportiva
  • Regras 
Keywords: 
  • Content analysis
  • International Olympic Committee
  • rules
  • sports media
  • Transgender Athletes