O pós-operatório de pacientes oncológicos representa uma fase crítica do tratamento,
exigindo intervenções que reduzam complicações e promovam a recuperação
funcional de forma segura e progressiva. Neste contexto, a fisioterapia tem sido
reconhecida como uma estratégia fundamental para minimizar limitações físicas,
prevenir sequelas e otimizar a qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi analisar,
por meio de revisão bibliográfica, as principais contribuições da fisioterapia no período
pós-operatório em diferentes tipos de câncer, considerando recursos terapêuticos,
protocolos de reabilitação e impactos clínicos. A metodologia adotada compreendeu
a análise integrativa da literatura em bases como SciELO, PubMed e Google
Acadêmico, selecionando artigos publicados nas últimas décadas que abordam a
relação entre fisioterapia, complicações pós-cirúrgicas e funcionalidade. Os
resultados encontrados mostram que a intervenção fisioterapêutica contribui para a
melhora da capacidade respiratória, fortalecimento muscular, mobilidade global,
redução da dor e prevenção de complicações como atelectasia, linfedema e perda
funcional. Evidências também indicam que programas de mobilização precoce,
exercícios terapêuticos progressivos e técnicas respiratórias apresentam impacto
positivo na evolução clínica e na diminuição do tempo de internação. Além disso,
estudos apontam para benefícios psicossociais, incluindo redução da fadiga, melhora
do humor e maior autonomia nas atividades de vida diária. Conclui-se que a
fisioterapia desempenha um papel essencial na reabilitação pós-operatória de
pacientes oncológicos, atuando de forma interdisciplinar e individualizada. O
fortalecimento de políticas de reabilitação, assim como a ampliação do acesso a
serviços especializados, torna-se fundamental para garantir uma recuperação
integral, funcional e humanizada.