Introdução: A paralisia braquial obstétrica (PBO) e as lesões traumáticas do plexo braquial (TBPI) configuram condições neuromusculoesqueléticas que comprometem a função do membro superior, podendo gerar limitações permanentes. A fisioterapia tem papel central na reabilitação, atuando desde a prevenção de deformidades até a recuperação funcional, utilizando recursos convencionais e tecnológicos. Objetivo: Investigar e sistematizar as intervenções fisioterapêuticas aplicadas na reabilitação de indivíduos com PBO e TBPI, destacando técnicas, desfechos avaliados e tendências atuais da literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão da literatura, conduzida segundo as recomendações do PRISMA (2020). Foram pesquisadas as bases PubMed, ScienceDirect, SciELO e BVS, utilizando descritores em português e inglês combinados por operadores booleanos. Incluíram-se estudos publicados entre 2020 e 2025, em texto completo, que abordaram intervenções fisioterapêuticas em PBO ou TBPI. A triagem deu-se por título e resumo, aprovados etapa de leitura integral e por fim análise qualitativa. Resultados: Nos 14 estudos selecionados Identificaram-se diferentes delineamentos metodológicos: relatos de caso, séries clínicas, ensaio clínico randomizado, estudo comparativo, protocolo de ensaio, estudo transversal, qualitativo e de validade de instrumento. As intervenções abrangeram fisioterapia convencional, facilitação neuromuscular proprioceptiva, estimulação elétrica funcional, exercícios terapêuticos, terapia do espelho, uso de luva robótica assistiva e protocolos pós-operatórios. Os desfechos mais avaliados foram amplitude de movimento, força muscular, desempenho em atividades de vida diária, dor, eletromiografia e percepção do paciente. Considerações finais: A fisioterapia mostrou-se essencial na reabilitação de PBO e TBPI, contribuindo para ganhos funcionais, prevenção de sequelas e melhora da qualidade de vida. A incorporação de tecnologias assistivas e estratégias multimodais desponta como tendência promissora, embora ainda careça de maior evidência científica. A heterogeneidade dos instrumentos de avaliação reforça a necessidade de padronização metodológica. Os achados apontam para a importância de protocolos específicos por faixa etária e para a ampliação de ensaios clínicos controlados, a fim de fortalecer a base de evidências e aprimorar a prática clínica.