Introdução: A escoliose idiopática adolescente (EIA) é uma deformidade tridimensional da coluna vertebral que acomete jovens em fase de crescimento, trazendo repercussões funcionais, estéticas e psicossociais. O tratamento conservador, especialmente por meio da fisioterapia, tem sido amplamente estudado como alternativa ou complemento às órteses, com o objetivo de reduzir a progressão da curva e melhorar parâmetros funcionais. Objetivo: Analisar, por meio de revisão integrativa, a eficácia das diferentes intervenções fisioterapêuticas na melhora da curvatura da coluna vertebral em adolescentes com escoliose idiopática. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura em bases de dados nacionais e internacionais, contemplando artigos publicados entre 2020 e 2025. Foram aplicados critérios de inclusão relacionados à população (adolescentes com EIA), tipo de intervenção (fisioterapêutica, isolada ou combinada) e desfechos (ângulo de Cobb, rotação do tronco, parâmetros funcionais e qualidade de vida). Após triagem e leitura na íntegra, 19 estudos atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos na síntese qualitativa. Resultados e discussões: A análise revelou três grandes eixos de intervenção. Os exercícios específicos para escoliose, sobretudo o método Schroth, mostraram reduções significativas no ângulo de Cobb e na rotação do tronco, além de ganhos em qualidade de vida, embora a magnitude dos efeitos varie conforme a duração e a adesão ao protocolo. As órteses, isoladamente, demonstraram eficácia na estabilização da curva, mas os melhores resultados ocorreram quando associadas a exercícios, com impacto positivo em postura, equilíbrio e marcha. Modelos modernos, como o brace Gensingen, apresentaram taxas de sucesso superiores às órteses tradicionais. Já as intervenções alternativas e combinadas — incluindo palmilhas ortopédicas, manipulação espinhal, protocolos mecânicos 3D e plataformas digitais — ampliaram o espectro terapêutico, trazendo benefícios adicionais em marcha, flexibilidade e adesão, embora necessitem de seguimento prolongado para confirmar sua efetividade. Considerações finais: A fisioterapia desempenha papel central no manejo conservador da escoliose idiopática adolescente, ampliando sua eficiência quando integrada a órteses e recursos complementares. Contudo, a consolidação dessas evidências depende de ensaios clínicos robustos, de longo prazo e com maior padronização de protocolos. A integração entre brace, exercícios e intervenções alternativas desponta como estratégia promissora, mas ainda exige validação científica consistente para se tornar prática clínica universal.