Introdução: As fraturas da coluna vertebral configuram um problema de saúde pública relevante, com impacto funcional e socioeconômico significativo, especialmente em decorrência de traumas de alta energia e em populações vulneráveis. A fisioterapia tem se consolidado como componente essencial no processo de reabilitação, atuando na recuperação da mobilidade, na redução da dor e na reintegração social dos pacientes. Objetivo: Este estudo teve como finalidade analisar criticamente as evidências científicas disponíveis sobre a atuação da fisioterapia na reabilitação de fraturas vertebrais, identificando padrões de intervenção, desfechos clínicos e lacunas metodológicas. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa da literatura, com busca sistemática nas bases PubMed, Cochrane e BVS, entre 2020 e 2025, utilizando descritores relacionados à fisioterapia e fraturas vertebrais. Foram incluídos estudos primários que apresentaram intervenções fisioterapêuticas aplicadas em pacientes com fraturas traumáticas ou osteoporóticas, analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Resultados e Discussões: A síntese evidenciou predominância de programas de exercícios multicomponentes (força, equilíbrio, mobilidade), complementados por recursos adjuvantes como eletroterapia (PEMF, TENS), órteses dinâmicas e manejo multidisciplinar da dor. Relatos de caso destacaram a aplicabilidade da fisioterapia em situações clínicas especiais, como osteoporose pós-parto, imunossupressão e fraturas por estresse em atletas. Estudos sobre fraturas traumáticas e pós-cirurgia reforçaram a complementaridade entre intervenção cirúrgica e fisioterapia, enquanto pesquisas sobre deformidades posturais demonstraram eficácia das técnicas manuais e exercícios na melhora funcional. Apesar dos avanços, foram identificadas limitações metodológicas, como heterogeneidade das populações, recorte temporal curto e escassez de análises econômicas e de seguimento prolongado. Considerações Finais: A literatura aponta a fisioterapia como eixo central da reabilitação em fraturas vertebrais, mas evidencia a necessidade de maior padronização metodológica, estudos multicêntricos de longo prazo e avaliações de custo-efetividade, de modo a consolidar a aplicabilidade clínica e ampliar a robustez das evidências disponíveis.