Este trabalho teve por objetivo fazer uma análise da relação entre medo e fascismo no contexto político brasileiro contemporâneo, especialmente a partir do bolsonarismo, sob a ótica da psicanálise. Tratou-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, que buscou compreender como o medo é utilizado como ferramenta de coesão social, manipulação emocional e de sustentação para práticas autoritárias. Com base em autores como Sigmund Freud, Umberto Eco, Stanley Cohen e Christian Dunker, investigou-se de que modo os mecanismos psíquicos individuais e coletivos podem favorecer a adesão ao autoritarismo e à intolerância. O conceito de pânico moral, formulado por Cohen, foi articulado com conceitos freudianos como angústia e desamparo, demonstrando como o medo é deslocado de sua origem inconsciente e projetado sobre inimigos simbólicos, gerando coesão social em torno de ideais excludentes. A partir do “fascismo eterno” de Eco e do “mal-estar, sofrimento e sintoma” de Dunker, foi possível entender como o fascismo se reinventa em novas formas discursivas, políticas e culturais, sustentadas por processos de regressão psíquica e identificação com figuras autoritárias. Concluindo que compreender o medo como afeto estruturante do discurso fascista permite à Psicologia propor uma leitura crítica sobre a manipulação política do sofrimento e contribuir para a construção de resistências subjetivas e coletivas frente às ideologias repressivas.
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Tipo De Obra: TCC
Classificação Temática: PSICOLOGIA
Ano: 2025
Cutter: F814
Publicação: 16-12-2025
Nº Páginas: 13
Autores:
DALMO HENRIQUE SABINO FRANÇA (---)

Orientadores: 
Dr(a) JOSE LANE DE SALES (Lattes)

Palavras-Chave: 
  • Bolsonarismo
  • Fascismo
  • Medo
  • pânico moral
  • Psicanálise
Keywords: 
  • Bolsonarism
  • Fascism
  • fear
  • moral panic
  • Psychoanalysis