O presente artigo tem como objetivo analisar a importância da comunicação assertiva como prática pedagógica de acolhimento na infância. Parte-se do pressuposto de que a forma como o educador se comunica influencia diretamente o desenvolvimento socioemocional, cognitivo e afetivo da criança, favorecendo a construção de vínculos saudáveis e o fortalecimento da autoestima. A pesquisa justifica-se pela relevância do tema diante das demandas contemporâneas de educação inclusiva, humanizada e pautada no diálogo. Para tanto, utilizou-se a metodologia de revisão bibliográfica, de caráter qualitativo, exploratório e descritivo, com levantamento e análise de livros clássicos da pedagogia e psicologia, artigos científicos, documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular, e produções acadêmicas digitais. O estudo buscou integrar diferentes perspectivas teóricas, identificando conceitos, práticas e lacunas acerca da comunicação assertiva, do acolhimento e do desenvolvimento infantil. Os resultados da pesquisa indicam que a comunicação assertiva constitui-se em recurso estratégico para o educador, permitindo expressar sentimentos e necessidades de forma clara e respeitosa, promover diálogo horizontal com os alunos e criar ambientes de aprendizagem inclusivos e acolhedores. Autores como Vygotsky (2007) e Wallon (1975) destacam a relevância da linguagem e da afetividade na mediação do conhecimento, enquanto Freire (2011) e Gadotti (2003) reforçam a prática do diálogo como instrumento de humanização na escola. Além disso, a BNCC (BRASIL, 2018) orienta o desenvolvimento de competências socioemocionais, que se articulam diretamente à comunicação assertiva. Dessa forma, concluiu-se que a voz que acolhe do educador contribui significativamente para o desenvolvimento integral da criança, integrando dimensões cognitivas, emocionais e sociais, e que a formação docente deve contemplar habilidades comunicativas e socioemocionais.