Este estudo analisa o papel estratégico do engenheiro de produção na administração municipal, com foco na melhoria do desempenho e da eficiência da infraestrutura pública. A infraestrutura é elemento central para o desenvolvimento socioeconômico e a qualidade de vida, mas sua gestão no Brasil enfrenta desafios como morosidade processual, fragmentação de responsabilidades e baixa integração entre planejamento e execução. Nesse cenário, a Nova Gestão Pública (NGP) surge como abordagem de modernização administrativa, alinhada às competências da Engenharia de Produção, que incluem planejamento e controle, gestão da qualidade, logística, análise de custos, melhoria contínua e integração sistêmica. O objetivo deste estudo é compreender como a aplicação sistemática dos princípios e ferramentas da Engenharia de Produção pode contribuir para a modernização da gestão pública municipal, tornando-a mais ágil, eficiente e orientada a resultados. Para isso, foi realizada uma revisão sistemática de literatura, com base em critérios rigorosos de inclusão e exclusão, utilizando bases nacionais e internacionais (SciELO, Google Acadêmico, ResearchGate, LUME e Portal CAPES), abrangendo estudos de 2013 a 2025 e obras clássicas. Os dados foram organizados em categorias temáticas e analisados de forma qualitativa e quantitativa, possibilitando a identificação de tendências, desafios e oportunidades de aplicação da Engenharia de Produção no setor público. Os resultados evidenciaram que a atuação do engenheiro de produção contribui para a aplicação de metodologias como Lean Construction, mapeamento de processos, benchmarking e indicadores de desempenho, resultando em maior eficiência operacional, redução de desperdícios e melhor alocação de recursos. Também foi destacada a importância desse profissional na integração de equipes, na promoção da transparência e na implementação de práticas sustentáveis. Conclui-se que a presença do engenheiro de produção na gestão municipal fortalece a governança, moderniza processos e melhora a prestação de serviços, embora persistam desafios como resistência à mudança e necessidade de formação específica para o setor público. Políticas que incentivem essa atuação podem gerar impactos positivos duradouros para o desenvolvimento municipal