O envelhecimento populacional tem aumentado a demanda por cuidados paliativos, exigindo uma
abordagem integral, humanizada e centrada no idoso, que contemple dimensões físicas, emocionais,
sociais e espirituais. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem por objetivo analisar a produção
científica nacional sobre cuidados paliativos voltados a idosos, considerando experiências familiares,
espiritualidade, manejo do luto antecipatório, segurança no uso de medicamentos e atuação da equipe
de enfermagem. Para tanto, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com seleção de estudos
publicados entre 2020 e 2025 em bases brasileiras, avaliando qualitativamente intervenções de
enfermagem em diferentes contextos assistenciais. A análise revelou sofrimento, angústia e sensação
de impotência tanto em familiares quanto em profissionais, evidenciando a relevância da espiritualidade
como recurso de enfrentamento e ressignificação da terminalidade. Identificaram-se lacunas na
formação de profissionais e cuidadores, riscos no manejo de medicamentos em domicílio e sobrecarga
emocional das equipes. Estratégias de enfrentamento, educação permanente e protocolos
assistenciais mostraram-se essenciais para qualificar o cuidado. Conclui-se que a consolidação de um
modelo de intervenção paliativa requer integração entre atenção hospitalar, primária e domiciliar,
valorização da espiritualidade, fortalecimento da formação profissional e suporte sistemático a
familiares, sendo as políticas públicas e estratégias institucionais fundamentais para promover
dignidade, segurança e qualidade de vida aos idosos em terminalidade.