Introdução: O parto vaginal se constitui uma experiência fisiológica e singular para a
mulher, caracterizada por momentos de dor e alterações no seu corpo, sendo essencial adotar
técnicas fisioterapêuticas que promovam bem-estar e segurança durante esse processo, e
auxiliem na redução do tempo de trabalho de parto, minimizando riscos maternos e fetais,
além de diminuir a necessidade de cesarianas. Nesse contexto, a fisioterapia se apresenta
como recurso eficaz por meio de técnicas como relaxamento do assoalho pélvico, respiração
diafragmática, mobilidade pélvica com bola suíça, massagens terapêuticas, incentivo à
deambulação, banhos quentes, que favorecem a analgesia não farmacológica, a dilatação
cervical e a descida fetal. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar o impacto
das intervenções fisioterapêuticas na redução do tempo do trabalho de parto, identificar as
técnicas mais eficazes, analisar a influência da mobilização pélvica e do posicionamento da
pelve, bem como investigar a contribuição da deambulação para o processo de dilatação
uterina. Materiais e métodos: Trata-se de uma revisão de literatura realizada nas bases
SciELO, PubMed e PEDro, com busca conduzida entre agosto e setembro de 2025. Foram
incluídos artigos de intervenção fisioterapêuticas para redução do tempo de trabalho de parto.
Excluídos artigos publicados antes de 2014 e em outros idiomas além de português e inglês.
Resultados: Inicialmente, foram identificados 55 estudos; após a aplicação dos critérios de
elegibilidade, 5 artigos compuseram a revisão. Os achados evidenciam que a atuação
fisioterapêutica contribui para a redução do tempo do trabalho de parto e para melhores
desfechos obstétricos, reforçando a importância de inserir as técnicas na assistência perinatal. Conclusão: Essa revisão demonstrou que as intervenções fisioterapêuticas exercem
influência positiva durante o trabalho de parto, contribuindo para sua redução e tornando o
processo mais seguro, eficiente e humanizado. Técnicas como a mobilização pélvica, o uso
da bola suíça, a deambulação, massoterapia, exercícios respiratórios e a aplicação de água
morna, mostraram eficácia no alívio da dor, na redução do tempo de parto e no aumento do
conforto materno. A mobilização pélvica Destacou-se por favorecer a dilatação cervical, o encaixe fetal e a eficiência das contrações, contribuindo para um parto mais fisiológico e menos medicalizado. Dessa forma, reforça-se o papel essencial da fisioterapia na assistência obstétrica e a necessidade de ampliar estudos e protocolos que consolidam essas práticas na assistência ao parto.