As doenças cardiovasculares (DCV) representam as principais causas de morbimortalidade no mundo. Paralelo a isso, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) destacam-se pela quantidade de mortes registradas anualmente. Além disso, a associação dessas patologias à anemia, estão correlacionados ao aumento de eventos futuros e piores desfechos clínicos, sendo um fator de risco adicional para esses pacientes. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo caracterizar os biomarcadores hematológicos associados a anemia e os fatores de risco em pacientes adultos e idosos sobreviventes de IAM e AVC oriundos de um ensaio clínico randomizado. A amostra foi composta por 59 pacientes, dos quais 45 pós IAM e 14 pós AVC, vinculados ao quadro de anemia, avaliados no período de 2021 a 2023. Os valores estabelecidos para avaliar a hemoglobina, foram (feminino: 12 g/dL e masculino: 13 g/dL). Ademais, os parâmetros hematimétricos (VCM, HCM, CHCM, RDW), Índice de Massa Corporal (IMC) de adultos e idosos e variáveis sociodemográficas (idade, classe econômica, residência) foram coletados no estudo. Os resultados revelaram que a baixa concentração de hemoglobina foi expressivamente menor no sexo feminino com 11,0 g/dL, quando comparadas ao sexo masculino 12,3 g/dL. Além disso, a prevalência de anemia associada simultaneamente com IAM e AVC, foi maior no sexo feminino (66,1%) e na faixa etária de idosos (66,1%) com média de 63,7 anos (±9,09). Tornando-os desse modo, os dois públicos mais vulneráveis, repercutindo negativamente na saúde e na qualidade de vida, aumentando o risco de mortalidade.