Objetivo: Determinar o perfil epidemiológico de bactérias resistentes a biocinas isoladas de ambiente hospitalar no período de 2000 à 2020. Métodos: O estudo consistiu em uma revisão integrativa com abordagem quantitativa, o qual consistiu na pesquisa de artigos e trabalhos acadêmicos experimentais tais quais possuíssem ensaios da resistência de bactérias à biocinas. As variantes analisadas foram a associação da resistência à antibióticos, locais coletados, isolados, espécies bacterianas. Resultados: Foram encontrados 456 artigos dos quais apenas 54 foram selecionados e avaliados. Dentre os locais do domínio biológico, os fluidos ficaram na primeira posição com um percentual de 45,96%. Os principais representantes dessa categoria foram: sangue, urina e escarro. Em sequência, ficaram trato respiratório e trato digestório (...). O primeiro representado por lavado broncoalveolar, aspirado traqueal e isolados nasais, enquanto o segundo, estômago, swab perianal e úlcera duodenar, com 27,78% e 0,59%, respectivamente. Em relação a distribuição geográfica, o primeiro lugar ficou o continente asiático, o qual deteve 40,62% dos isolados. Em seguida, a América do norte (34,45%) e Europa (10,80%). Enfim, a América do sul e África com 3,49% e 3, 73%, nessa ordem. Staphylococcus aureus foi a bactéria com o maior número de isolados, totalizando 4643 (47,07%). Na sequência, Acinetobacter baumannii vem em segundo lugar com 1848 (18,73%), Pseudomonas aeruginosa em terceiro com 683 (6,92%), a Klebsiella pneumoniae reuniu um total de 561 (5,68%) de isolados. Nos últimos lugares, Escherichia coli ficou com 521 (5,28%), estando a frente apenas de Staphylococcus epidermidis com 208 (2,10%) e Staphylococcus coagulase negativa (CoNS) finalizando com 117 (1,18%) isolados. A classe com o maior número de isolados testados foi a das biguanidas, sendo a clorexidina a maior representante, com 4742 estirpes detectadas. Em seguida, as classes: aldeídos (386 estirpes), catiônicos (200 estirpes), amônio quaternário (124 estirpes) e halogênios (31 estirpes). O álcool, com 1694,4 mg/L, foi o composto com o maior valor encontrado, sendo seguido pelos halogênios, com 267,79 mg/L, peróxidos com 57,50 mg/L, as biguanidas com 56,04 mg/L.Por fim, destaca-se a possível correlação da resistência a antibióticos com a resistência a biocinas. Observou-se que a maioria das cepas que apresentaram resistência a antibióticos apresentou resistência a pelo menos um grupo de biocidas. Conclusão: É imprescindível que a problemática discutida ao longo do trabalho alcance a população geral e o meio acadêmico de forma expressiva. Portanto, o trabalho demonstrou que apesar do extenso uso das biocinas, principalmente no ambiente hospitalar o tema ainda carece de maiores estudos.
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Tipo De Obra: TCC
Classificação Temática: BIOMEDICINA
Ano: 2020
Cutter: V614f
Publicação: 12-04-2021
Nº Páginas: 52
Autores:
MARLIZE MOREIRA BARBOSA (marlize.barbosa@yahoo.com.br)

EVERTON LUCAS DE CASTRO VIANA (---)

Orientadores: 
Dr(a) RODRIGO SANTOS DE OLIVEIRA (Lattes)

Palavras-Chave: 
  • Desinfetantes
  • Resistência bacteriana
  • Resistência biocidas
  • Resistência biocinas
  • Staphylococcus aureus
Keywords: 
  • Bacterial resistance
  • Biocidal resistance
  • Biocine resistance
  • Disinfectants
  • staphylococcus aureus