Introdução: O processo de envelhecimento acarretou alterações no perfil
epidemiológico da população, com o aumento de doenças crônico-degenerativas,
acarretando limitações físicas e funcionais, levando a uma maior dependência de
cuidados. Concomitante a isso, altos índice de transtornos psiquiátricos nesse grupo
populacional vem se destacando e impactando a qualidade de vida da pessoa idosa.
Objetivo: Identificar os principais transtornos psiquiátricos em idosos que residem em
uma Instituição de Longa Permanência; conhecer o perfil sociodemográfico dos idosos
e correlaciona-lo com os transtornos psiquiátricos encontrados. Metodologia: Trata-se
de uma pesquisa documental, com abordagem quantitativa, realizada em uma ILPI,
localizada no município de Fortaleza- CE. A pesquisa foi realizada com todos os
prontuários dos idosos, totalizando 200. Para a coleta de dados foi utilizado um
instrumento dividido em dados sociodemográficos e diagnósticos psiquiátricos. Os
dados coletados foram tabulados em uma planilha eletrônica no programa Excel 2010 e
exportados para análise no SPSS versão 7.0. Foram calculados frequências,
prevalências e médias, sendo os dados analisados de acordo com a literatura
pertinente. Resultados: A maioria era do sexo feminino (52,0%), grau II e III de
dependência (61,5%), analfabetos (32,0%), com média de idade de 78 anos e com
faixa de tempo de institucionalização de 2 a 5 anos (30,5%). Em relação aos
diagnósticos de transtornos psiquiátricos, foi detectado predominância de casos de
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depressão (24,5%), seguido por esquizofrenia (9,5%), bipolaridade e ansiedade (8,0%)
e transtorno de personalidade (7,0%). Houve maior prevalência de diagnósticos
psiquiátricos em idosas (66,3%), com menor escolaridade e com grau II de
dependência. Conclusão: A compreensão das condições psiquiátricas apresentadas
destaca a necessidade de estratégias preventivas e de intervenções terapêuticas
adaptadas às necessidades específicas dessa população.