A partir da leitura sobre o estudo do Transtorno de Conduta (TC), e com o aumento dos diagnósticos de Transtorno de Conduta que vem atraindo a atenção dos pesquisadores, nasceu em nós o desejo de pesquisar sobre esse tema crescente, o que nos levou ao objetivo geral de analisar as implicações que um diagnóstico de Transtorno de Conduta pode causar em crianças e adolescentes. Portanto, os objetivos específicos desta pesquisa foram apresentar os possíveis problemas de um diagnóstico apressado de Transtorno de Conduta na vida adulta de crianças e adolescentes, e identificar os fatores que levam a esse diagnóstico. A pesquisa caracteriza-se por um nível exploratório, com revisão bibliográfica narrativa, baseada em artigos científicos, na qual foram identificadas as seguintes categorias: contexto familiar e social, pois é no ambiente familiar que o desenvolvimento do indivíduo inicia-se e que ele recebe as maiores influências que determinam o seu comportamento ao longo da vida; atuação do psicólogo frente às práticas de saúde mental frente ao diagnóstico, apresentando as contribuições por parte dos profissionais de psicologia com o fechamento destes diagnósticos, refutando os estigmas imputados nas crianças e adolescentes e a problematização do diagnóstico de transtorno de conduta, utilizando os aportes de Michel Foucault, a classificação “transtorno de conduta” sustenta ações de normalização e controle, tais reflexões relacionadas a saúde mental infanto-juvenil, podem favorecer a construção de práticas afirmativas da diferença, da singularidade e da imprevisibilidade da infância. Analisar o contexto biopsicossocial no qual os referidos indivíduos estão inseridos e, a partir dessas informações, apresentar uma visão crítica do Transtorno de Conduta, descartando a visão patologizante e os estigmas que esse diagnóstico traz para a vida dos indivíduos que foram diagnosticados como tal. A partir da leitura de diferentes referenciais teóricos, pode-se compreender que o fechamento de um diagnóstico de Transtorno de Conduta, descolado da realidade vivenciada pelos sujeitos em estudo, pode imputar-lhes imensuráveis dificuldades em relação a toda a sua vida.