O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, degenerativa, pois afeta milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a doença está relacionada ao aumento da mortalidade da população adulta, em virtude das complicações clínicas geradas, que podem desencadear outras patologias, contribuindo para a redução da qualidade de vida do paciente diabético. Partindo dessa premissa, este estudo tem como objetivo analisar a importância do cuidado farmacêutico, na adesão ao tratamento e redução das complicações que podem acontecer com portadores de DM tipo 2. Para isso, foi realizado um estudo de revisão integrativa de ensaios clínicos randomizados, utilizando as bases de dados BVS, PubMed e Scielo, cujo levantamento das publicações foi feito nos meses de julho a setembro de 2023, considerando o marco temporal 2010 a 2023, utilizando os descritores: cuidados farmacêuticos, Diabetes Mellitus Tipo 2; uso de medicamentos; hipoglicemiantes e adesão ao tratamento medicamentoso. Considerando isto, foram identificados 1.307 artigos, sendo excluídos 1.153, restando 154 artigos. Dessa amostra 92 foram eliminados após leitura do resumo e por não terem relevância à presente pesquisa. Assim, sobraram 49 para serem analisados conforme a relevância para o estudo. Em seguida, após a leitura integral dos artigos, foi selecionada uma amostra de 11 publicações, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: os estudos de livre acesso que abordassem a intervenção farmacêutica em pacientes com DM tipo 2 e estudos com indicadores bioquímicos. Quanto aos critérios de exclusão, foram: publicações não disponíveis na íntegra, estudos pré-clínicos em animais, artigos de revisão de literatura e aqueles cujo tratamento para DM tipo 2 envolvesse fitoterapia. Por fim, na amostra selecionada foram identificados os seguintes cuidados farmacêuticos: orientações sobre o uso correto de medicamentos, promoção de estilos de vida saudáveis, consultas telefônicas, educação em grupo, visita domiciliar, avaliação das necessidades farmacológicas e não farmacológicas, cuidados personalizados, aconselhamento aos pacientes, revisão da prescrição, encaminhamento para outros profissionais de saúde, coleta de dados clínicos, laboratoriais para avaliação dos níveis glicêmicos e adesão ao tratamento. Além disso, os estudos evidenciaram, a partir da análise dos marcadores bioquímicos, Glicemia de Jejum (GJ) e Hemoglobina Glicada (HbA1c), resultados positivos obtidos mediante a intervenção farmacêutica no controle dos índices glicêmicos dos participantes das pesquisas, o que, demonstrou uma maior adesão ao tratamento.