A doença renal crônica (DRC) é um desafio mundial que afeta uma grande parte da população, resultando em aproximadamente 2,4 milhões de mortes todos os anos em decorrência da DRC, segundo o Ministério da Saúde. Os rins desempenham funções vitais, incluindo a filtração do sangue e a regulação do equilíbrio hídrico. A DRC se manifesta como insuficiência renal aguda (IRA), sendo uma condição temporária, ou crônica (IRC) que é caracterizada por uma perda gradual e muitas vezes irreversível da função renal. O estudo investigou as interações medicamentosas em pacientes com DRC, identificando as classes de medicamentos com maior potencial de causar efeitos indesejáveis. Os objetivos específicos, propostos incluíram analisar as interações medicamentosas mais comuns que afetam os pacientes renais crônicos e sugerir estratégias para prevenção, monitoramento e gerenciamento dessas interações. A metodologia envolveu uma revisão bibliográfica, com a consulta de bases de dados como PubMed, Scopus, Scielo e Google Scholar. Os artigos foram avaliados quanto à relevância e qualidade, e os dados coletados foram analisados qualitativamente. Os resultados da pesquisa destacaram os medicamentos com maior potencial de interações adversas em pacientes com doença renal crônica (DRC) e classificados de acordo com a gravidade das interações. Notou-se que 24,47% das interações foram consideradas de gravidade principal, incluindo casos como Captopril com Losartana e Dipirona com Furosemida. Além disso, 56,50% das interações foram classificadas como de gravidade moderada, abrangendo cenários como Trometamol Cetorolaco com Metoprolol, Capitopril com Dipirona, Dipirona com Losartana, Carvedilol com Aspirina e Dipirona com Enalapril. Por fim, 19,03% das interações foram consideradas de gravidade menor, incluindo situações como Furosemida com Fenitoína. Destacou-se ainda a importância da conscientização e conhecimento sobre interações medicamentosas, juntamente com estratégias como monitorar sinais e sintomas que indiquem tais interações e otimizar horários de administração de medicamentos, com o objetivo de melhorar o tratamento e a segurança dos pacientes com DRC.