Durante a pandemia de COVID-19, o mundo sofreu direta e indiretamente com as consequências da infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Nesse contexto, o aumento no desenvolvimento das doenças relacionadas à saúde mental também foi observado em vários estudos, de maneira que se é considerado com um dos fatores para o recrudescimento quanto
ao uso de medicamentos benzodiazepínicos, principalmente para o tratamento do Transtorno da Ansiedade, bem como para manejo do sintomas depressivos. Assim, o presente estudo teve como objetivo geral realizar uma revisão integrativa da literatura sobre os estudos que tratam do uso de benzodiazepínicos durante a pandemia do COVID-19. Portanto, trata-se de uma revisão integrativa da literatura de análise qualitativa, realizada nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e PubMed, perfazendo o marco temporal de 2019 a 2023, artigos epidemiológicos completos, nos idiomas português e inglês, pertinentes ao tema
abordado. Como resultado foram selecionados 14 artigos para esta revisão, na qual a análise do fator impacto dos periódicos foi relativamente alto, demonstrando-se a qualidade metodológica dos referidos estudos. Os medicamentos mais citados na revisão foram: Alprazolam, Diazepam, Lorazepam, Clonazepam, Oxazepam e Bromazepam. Dessa forma, foi possível verificar que no período entre março a junho de 2020 houve um aumento na dispensação dos benzodiazepínicos, devido a exacerbação dos sintomas de depressão e ansiedade, além das perturbações do sono relacionados ao período da pandemia de COVID-19, consequentemente resultou no acúmulo dos estoques desses fármacos nas farmácias. Diante disso, pode-se concluir que durante a pandemia houve um aumento substancial tanto na prescrição quanto no consumo de benzodiazepínicos, majoritariamente para pessoas com diagnóstico de crises de ansiedade, transtorno da depressão, crises de pânico e distúrbios do sono (insônia).