Há vários males que afetam a saúde do homem, sendo considerado o câncer, pela medicina, psicologia, sociologia, e para o direito, uma enfermidade que representa não somente o risco eminente de morte, mas também um conjunto de degradações físicas e psíquicas que extrapolam a esfera do indivíduo, atingindo os seus familiares. A medicina tem evoluído nos tratamentos tradicionais, quais sejam radioterapia, quimioterapia e intervenção cirúrgica, vale salientar que tais procedimentos por si só geram um efeito que correspondem na diminuição da qualidade de vida e por via logica de consequência da dignidade da pessoa humana e da vida. Em razão disso, viabilizando o tratamento do câncer com uma composição química, o professor aposentado da Universidade de São Paulo, Gilberto Orivaldo Chierice, desde 1995 vem estudando e apresentando a Fosfoetanolamina Sintética, como droga capaz de curar o câncer, de madeira menos incisiva do que os demais procedimentos, uma vez que o tratamento se limita a ingestão de cápsulas. O uso dessa substância tem gerado grandes debates na esfera cientifica e na jurídica, sendo que nesta se faz imprescindível provocar o poder judiciário para assegurar o direito de tentar, que refrete direta e indiretamente a concretização dos direitos fundamentais da vida, dignidade da pessoa humana e da saúde, previstos na Constituição Federal de 1988. Tendo em vista que o direito de tentar exterioriza os referidos Direitos Fundamentais e Constitucionais, não pode o Estado cercear a garantia ou a possibilidade de viabilizar a esperança de um paciente com Câncer de escolher o melhor tratamento para preservar a sua vida.