Destacamos neste trabalho, a opressão que as mulheres sofrem na sociedade, em um sistema de patriarcado, onde se educa homens e mulheres de formas diferentes e desiguais. O capital se apodera desta "naturalização" de subalternidade da mulher, das "habilidades" e "dons", para a exploração da sua força de trabalho; tanto nas atividades cotidianas, na esfera publica e privada, onde se dá a responsabilização da garantia da reprodução da força social com menor custo; na esfera publica pela desvalorização, subordinação, exploração intensificada e desprestigio. No mundo produtivo, sofre uma dupla exploração do capital, criando condições indispensáveis para a reprodução da força de trabalho de sus maridos e filhos, e que, sem esta esfera de produção, não diretamente mercantil, as condições de reprodução do sistema social do capital estariam comprometidas senão inviabilizadas.
As mulheres realizam funções essenciais para o funcionamento continuo e uniforme do sistema capitalista. Este trabalho naturalizado como "obrigação" ou "função "feminina, produz uma ligação direta entre o salário mínimo e o trabalho domestico.
A mulher negra sofre duplamente, por ser mulher e por ser negra e ainda, por ser pobre; uma vez que a maioria dos pobres no pais, são de mulheres negras.
Na atual conjuntura, a precarização, a terceirização do trabalho, aumento do desemprego; as mulheres negras são as mais afetadas. Mesmo após a escravidão, continuam servindo as classes dominantes num trabalho opressor, subalterno e explorado. Sendo também a divisão sexual do trabalho, uma das formas centrais de exploração do capital sobre o trabalho, de forma subalterniza-lo, como consequência de uma sistema patriarcal e racista; o capital se apropria e aprofunda as consequências, aumentando exponencialmente as desigualdades sociais.
O patriarcado e o racismo, também o preconceito, enraizados no Brasil, sendo estrutural, somado ao aumento do desemprego, precarização e ausência do trabalho, remete a mulher negra a marginalização. necessário se faz abolir as desigualdades de gênero e todas as desigualdades associadas a ela, como a de classe raça/etnia.
Fundamenta é, dar visibilidade, discutir formas de inserção das mulheres negras no mercado de trabalho, para que a sociedade reflita sobre a questão.